Vida escolar/acadêmica

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Vida escolar/acadêmica

Felizmente, faço parte da parcela da população que teve a oportunidade de frequentar escola, faculdade e cursos de pós-graduação. Mas a felicidade por conta disso não tem como ser plena enquanto vermos a falta de instrução como algo normal em muitas famílias, ou mesmo a formação de pessoas que apenas passam de ano, mas não apreendem o conteúdo devido, tornando a educação no Brasil muito aquém daquela existente em países mais desenvolvidos cultural, econômica e socialmente.

Ainda assim, agradeço aos meus pais que me matricularam em ótimas escolas. Comecei ainda em São Paulo, no Colégio Anglo Latino, uma referência de ensino durante décadas, situado no bairro Aclimação. Eu me recordo do ensino de línguas, de lições das matérias ordinárias que em muitas escolas somente anos depois eram ensinadas, da formação física por meio da prática de diversas modalidades esportivas. Eu fazia judô e futebol de salão, que meus filhos hoje em dia chamam de futsal. Lá fui alfabetizado e recebi lições que impactaram positivamente a minha vida toda, como as de educação moral e cívica, música, dentre outras matérias.

Como meu pai se tornou deputado estadual em Mato Grosso, e dada a necessidade de seus trabalhos se desenvolverem na Assembleia Legislativa, situada na capital do estado, fui transferido para o gigantesco e centenário Colégio Salesiano São Gonçalo. Foram oito anos de minha formação infanto-juvenil numa escola religiosa e na qual pude aprender muito, não somente sobre os estudos formais, mas principalmente sobre os relacionamentos entre as pessoas de todos os níveis socioeconômicos, eis que lá eu tinha colegas cujas famílias eram ricas e, também, pessoas simples que moravam nos bairros mais afastados do centro e que se dedicavam muito para se desenvolverem, fazendo jus às bolsas de estudos das quais eram beneficiários. Fiz muitos amigos, graças a Deus, nada obstante nos fins de semana eu corresse para Cáceres, onde passava, também, as férias com meus primos e amigos, esticando depois para o Porto Esperidião ou Lambari, onde tínhamos as fazendas dos dois lados da família.

Iniciei o segundo grau, hoje chamado de ensino médio, no colégio Anglo – Isaac Newton. Foi uma época muito boa também e com um grande diferencial: as meninas, os namoros da adolescência... É que no Colégio São Gonçalo eu passei todos aqueles oito anos estudando apenas com a gurizada (só homem). Tenho ótimas lembranças do Anglo – Isaac Newton, mas o que posso destacar agora é o carinho e a amizade não somente para com meus amigos e colegas, mas também pelos professores. Tanto é que muitos deles, os mais jovens, se desligaram da escola e foram para outra, o Colégio COC XV de Abril. Eu me recordo de fazer verdadeira campanha para que os amigos mais próximos se matriculassem lá e o resultado foi que cerca de 80% da turma continuou junta no “terceirão”. Foi inesquecível aquele no de 1993. Eu já ajudava nas aulas de taekwondo que eram ministradas pelo meu amigo e mestre Marcos. Na verdade, eu pedi e levei a modalidade para a escola. Também participei dos jogos, das festas, promoções, aulas com a turma do cursinho, enfim, de tudo o que os professores organizavam.

Totalmente influenciado pelo meu pai e pelo meu irmão, ambos advogados naquele momento, mas considerando, também, minha vocação pelas ciências humanas e sociais, fiz a Faculdade de Direito da Unic em Cuiabá. Foram cinco anos de dedicação e esforço, pois a partir da metade do curso eu passei a trabalhar “muito” como estagiário em escritórios de advocacia, além de continuar atuando como professor de taekwondo em academia e no Colégio Cei, então, eu precisava correr muito de um lado para outro para chegar o mais cedo possível para as aulas, o que nem sempre eu conseguia. E, mais uma vez, o que mais me marcou dessa época foram os amigos verdadeiros que a vida me facultou fazer.

Continuei estudando, como o faço até hoje. Fiz especializações em Direito Público e do Estado, além de um ano e meio no curso do Professor Damásio que vale como especialização, participei de diversos seminários e congressos, inclusive como palestrante e organizador desses eventos, fui professor de cursos diversos para servidores públicos e advogados, cheguei a ser professor em curso de pós-graduação em direito eleitoral pelo ICE, de modo a conseguir me matricular no curso de Doutorado em Ciências Jurídicas e Sociais na Universidad Museo Social Argentino, em Buenos Aires/AR. Hoje tenho minha tese traduzida, protocolizada, acatada, analisada pelos membros da banca, todavia, em decorrência da pandemia da Covid-19, não pude defender a tese doutoral cujo tema é “DE LAS VENTAJAS E BENEFICIOS DE UM TRATAMIENTO JURÍDICO Y CONSTITUCIONAL DIFERENCIADO EN FAVOR DE LOS PEQUEÑOS MUNICIPIOS” (Das vantagens e benefícios de um tratamento jurídico e constitucional diferenciado e favorecido para os pequenos municípios). Porém, já foi marcada a defesa em meio virtual para o dia 28 de junho de 2021.

Sou adepto do pensamento segundo o qual a educação é um papel precípuo da família, ao passo que a escola e a academia superior tem a incumbência de instruir. São atribuições que se somam e, associadas, podem alcançar o êxito necessário para a formação do caráter de bem, da transferência de conhecimento pelos professores e, acima de tudo, do amor pela pesquisa, pela ciência, pelo ensino.

Sinto, sinceramente, que da mesma forma que os municípios, principalmente os pequenos, necessitam de um olhar mais justo e de receberem uma fatia muito maior do produto da arrecadação dos tributos no Brasil, os profissionais da educação, que estão entre os menos valorizados e remunerados, deveriam estar em patamar totalmente inverso. Aliás, se na vida negocial é natural que uma pessoa destine parte de sua renda para outrem que porventura tenha lhe oportunizado fechar um bom negócio, uma comissão, por exemplo, por que não pensar em meios de criar uma justa valorização pecuniária aos profissionais que ensinaram a todos desde os primeiro dia de aula em escola?

Nestor Fidelis.

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