A coligação “Um novo Prefeito para uma nova Cuiabá”, representada pelo candidato a prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), protocolou no final da tarde de segunda-feira no Tribunal de Justiça (TJ) o pedido de afastamento temporário do secretário de Estado de Segurança Pública, Roger Elizandro Jarbas. O pedido será analisado pelo presidente do Judiciário, desembargador Paulo da Cunha.

De acordo com Emanuel Pinheiro, o secretário de segurança pública perdeu a sua imparcialidade ao manifestar-se a favor da candidatura de Wilson Santos (PSDB) nas redes sociais como Twitter e Facebook. E como se trata do responsável em conduzir a Polícia Civil e a Polícia Militar no domingo (30) para impedir crimes eleitorais, considera mais prudente a saída de Rogers Jarbas da função de secretário de segurança pública até a realização das eleições. “O secretário de segurança é a maior autoridade da Segurança Pública em nosso Estado, garantidora de toda a ordem e tranquilidade do processo eleitoral. Como ele vai garantir a garantia, a tranquilidade e a ordem eleitoral que se avizinha ao se comportar como um cabo eleitoral do candidato a prefeito, meu adversário, em sua pagina nas redes sociais?”, questiona.

Pinheiro ainda coloca em xeque a imparcialidade do secretário pelo motivo exposto. “Como vai se comportar com isenção e equilíbrio? Inclusive tem nos atacado de forma injusta e irresponsável em sua página no Facebook”, reforça.

O advogado Nestor Fidelis, que compõe a assessoria jurídica da coligação encabeçada pelo PMDB, classificou de lamentável a postura do secretário de Estado de Segurança Pública nesta reta final do processo eleitoral. “O secretário de segurança é o comandante das forças policiais e nenhum antecessor fez campanha como ele, se utilizando de redes sociais para apoiar determinado candidato. Temos um vídeo que ele denigre a imagem do candidato. Por isso, queremos o afastamento dele até a consumação da eleição”, disse.

Em meio a essas acusações, o secretário de segurança Roger Jarbas rebateu a acusação afirmando que sabe separar suas preferências políticas às atribuições da função pública que exerce. Isso porque tem seu comportamento profissional pautado pelo cumprimento da legislação e não pela defesa de qualquer candidato ou partido.

Ele explicou que durante os horários de folga tem se manifestado para o tucano. "A minha imparcialidade como Secretário de Estado de Segurança Pública e como servidor público é incontestável. Desde o primeiro turno, todas as ações da secretaria foram direcionadas ao cumprimento da legislação, e não à defesa de qualquer candidato ou partido. Nos meus horários de folga, como qualquer outro servidor publico expresso minhas convicções políticas, sem, contudo, envolver minhas atribuições legais ou as instituições por mim geridas", frisou.

 Rogers desafiou o peemedebista a provar que ele tenha sido parcial na condição de secretário. "No que tange as atividades de Segurança Pública, desafio o candidato Emanuel Pinheiro a demonstrar que tenha agido de forma parcial em qualquer fato, seja ele eleitoral ou não. Pelo contrário, sempre pautei, em meus 24 anos de carreira policial, pela legalidade, ao fiel cumprimento da lei, doa a quem doer, seja contra quem for. Errou, responderá por isso e, para tanto, adotaremos todas as medidas necessárias. Agora, se algum profissional de Segurança Pública agiu com parcialidade, isso tem que ser formalizado à Sesp para que possamos tomar providências. Até agora, nada neste sentido chegou ao meu conhecimento”, disse.