A tentativa do candidato ao cargo de prefeito por Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), de proibir que a população da Capital tivesse acesso às informações sobre as condição em que ele deixou a Saúde Pública da cidade, foi barrada pela Justiça Eleitoral. A juíza Maria Rosi de Meira Borba, da 54ª Zona Eleitoral, confirmou, em sentença, que apresentar aos eleitores matérias jornalísticas que retratavam a situação crítica, de caso de polícia, que a saúde pública era tratada não fere a honra do candidato.

"Não entendo que a propaganda impugnada traga divulgação de informação desatualizada ou sabidamente inverídica, visto que o seu conteúdo foi retirado de matéria jornalística divulgada e transmitida por toda a imprensa local, tratando-se, portanto, de fato público e notório", avaliou a magistrada.

O candidato Wilson tentou impedir a publicação das informações, alegando que a afirmação de que a saúde pública "era caso de polícia", seria uma tentativa de relacioná-lo à conduta criminosa. Fato que para a magistrada não restou demonstrado, já que a crítica foi política e não a honra do candidato, principalmente, porque foi alicerçada em matérias jornalísticas publicadas na época em que Wilson comandava a prefeitura.

A defesa em favor da manutenção da propaganda foi feita pela assessoria jurídica do candidato a prefeito Emanuel Pinheiro(PMDB), formada pelos escritórios Dias Lessa e Nestor Fidelis. 

O próprio Ministério Público Eleitoral se posicionou contrário as afirmações de Wilson Santos. "Referidas imagens não passam de exibição de matérias jornalísticas já expostas à exaustão pela mídia, na época em que o candidato Wilson Santos era prefeito de Cuiabá. Além do mais, os supostos efeitos especiais ou trucagens se limitam a junção das várias reportagens exibidas (edição de vídeo) e, não ridicularizam a imagem do candidato da coligação representante, de modo que não há a propalada irregularidade", conforme parecer do MP.