Do mesmo modo como atualmente, no Brasil da pandemia, percebeu-se que o SUS é fundamental para a manutenção da vida e da saúde das pessoas, é urgente reconhecer que a educação pública, que no país é utilizada por pessoas que não tem condições financeiras de custear os estudos nas escolas privadas, deve passar por mudanças em suas bases, porque a escola pública tem se tornado o espaço de suma importância para a formação de pessoas de bem, uma vez que as famílias nem sempre conseguem realizar tal mister por motivos diversos e indesejados.

Uma nova educação deve surgir, não embasada na necessidade de decorar, de competir, de privilegiar posturas egoístas sem um senso mínimo de responsabilidade coletiva, mas focada no desenvolvimento da inteligência emocional e moral, na capacidade de autoanálise do ser em seu sentido integral para que cada indivíduo torne-se cada vez mais independente em todos os aspectos, embora ciente de sua interdependência social e coletiva, respeitando a vida em todas as suas expressões por meio de atividades autossustentáveis. Isso nos permite concluir, exemplificativamente, que a implantação da coleta seletiva, a destinação adequada dos resíduos, o incentivo às inovações tecnológicas, como as fontes alternativas de produção de energia e que permitem a diversificação da economia, sejam medidas de caráter emergencial.

A escola deve acolher e educar crianças e jovens de modo holístico, ou seja, sendo organizada para cuidar dos aspectos físico, espiritual, intelectual e artístico deles, que devem se desenvolver dentro de princípios de liberdade responsável, criatividade, participação social, desenvolvimento moral, cívico, capacidade de autoavaliação, etc.

Urge estimular o exercício da solidariedade e da empatia nas relações para que as desigualdades sociais e a infeliz concentração de riquezas deixem de produzir as tensões e a violência de todas as espécies, o que se espera conseguir com maior participação da comunidade escolar na construção dialogada não-violenta das políticas educacionais, principalmente por parte dos jovens que hoje já são avessos ao populismo, com alicerce no pensamento de diversos cientistas da educação.

Crianças, jovens, professores, pais, educação integral. Isso é possível!

Nestor Fidelis